domingo, 7 de novembro de 2010

ARTE LATINOAMERICANO SIGLO XX

Cultura brasileira na década de 70.

Foi uma visita a uma palestra de Florença Garramuño Ph.d.PRINCENTON UNIVERSIDADE, feita em 06 de novembro de 2010  MALBA CABA ARGENTINA.

 Consistia de refletir sobre as mudanças da estética durante esses anos.

Falar sobre: desborde, trangredir limites.
  1. A passeata dos cem mil
  2. Governo baixa novo ato ~ Jornal folha de SP.Tropicalismo.
  3.  Lygia Clark, ovo linear MACSP.
  4. Hélio Oiticica, metaesquema MACSP.
  5. Rol da estética no mundo contemporáneo. Os facilitadores não são criadores, mas para outros experimentando as obras.


6. Seja marginal, Seja herói.
Bandeira morto a tiros pela polícia de 13 balas.
7. Gerchman, Lindonéia. A gioconda do subúrbio 1968. Retrato
Lindonéia, Caetano Tropicália 1968.


Lindonéia


Caetano Veloso



Na frente do espelho

Sem que ninguém a visse

Miss

Linda, feia

Lindonéia desaparecida



Despedaçados

Atropelados

Cachorros mortos nas ruas

Policiais vigiando

O sol batendo nas frutas

Sangrando

Oh, meu amor

A solidão vai me matar de dor



Lindonéia, cor parda

Fruta na feira

Lindonéia solteira

Lindonéia, domingo

Segunda-feira



Lindonéia desaparecida

Na igreja, no andor

Lindonéia desaparecida

Na preguiça, no progresso

Lindonéia desaparecida

Nas paradas de sucesso

Ah, meu amor

A solidão vai me matar de dor



No avesso do espelho

Mas desaparecida

Ela aparece na fotografia

Do outro lado da vida

Despedaçados, atropelados

Cachorros mortos nas ruas

Policiais vigiando

O sol batendo nas frutas

Sangrando



Oh, meu amor

A solidão vai me matar de dor

Vai me matar

Vai me matar de dor

7. MUSICA DOS MUTANTES
8. Ferreira Gullar , poema sujo 1975
Publicado em 1976, Poema Sujo é considerada a obra mais ousada de Ferreira Gullar. Produzido no exílio, em Buenos Aires, surgiu da necessidade de, como ele mesmo afirmou, "escrever um poema que fosse o meu testemunho final, antes que me calassem para sempre". Numa época de forte repressão política, Gullar sentia-se acossado pela ânsia de rememorar o passado e a dificuldade de expressar, em linguagem poética, o universo interior, o que transparece, logo nos primeiros versos, no nível formal do texto:




turvo turvo

a turva

mão do sopro

contra o muro

escuro

menos menos

menos que escuro

menos que mole e duro menos que fosso e muro: [menos que furo

escuro

mais que escuro:

claro

como água? Como pluma? Claro mais que claro claro: coisa alguma

e tudo

(ou quase)

um bicho que o universo fabrica e vem sonhando [desde as entranhas

9. Clarice Lispector. A legião estrangeira


Os treze contos reunidos neste livro abordam o cotidiano familiar, a perversidade infantil e a solidão. As histórias colocam os leitores diante de situações cujo maior encanto é o de flagrar a intimidade dos personagens no momento em que eles descobrem o quanto há de extraordinário no dia-a-dia. É o que se pode observar, por exemplo, no encontro da menina e do cachorro em "Tentação"; ou no diálogo entre um casal de jovens em busca de si mesmos em "A mensagem”. Outras histórias mostram como o próprio conto é construído, uma das obsessões da literatura clariceana.

10. O inventário do irremediável.Caio Fernando Abreu
11. Autobiografia de João Gilberto Noll.
Vejo a literatura como acontecimento, não apenas como espelho das questões sociais mais imediatas. Mas que ela traga o leitor para um horizonte ritualístico, um horizonte litúrgico. É como se ele sentasse, que fosse lá no palco e participasse junto com o ator, Ando muito preocupado com essa questão da liturgia, do ritual."

"A literatura, às vezes,

é uma voz embriagada que canta."

"Sou um escritor de linguagem, pelo método com o qual escrevo fica claro isso. Tento captar a realidade através do que a linguagem me indica. Nesse sentido, sou o oposto de Berkeley Realmente, o que vai puxar-me arrastar-me movimentar em direção à ação do livro não é uma idéia de conteúdo prévio, mas é aquilo que a linguagem vai abrindo para mim. Como se realmente a linguagem fosse um exercício desejante de ação. Ação não no sentido norte-americano, evidentemente, de cinemão, mas no sentido de que o personagem começa de um jeito e vai terminar de outro. Acredito nisso, acredito na possibilidade de um argumento, sim, na história humana. Isso não quer dizer que tenha uma linha progressiva, uma finalidade angelical, nada disso, mas existe a possibilidade de você conhecer profundamente o seu próprio movimento. O homem não é um bicho estagnado. E só existe ficção por isso e não para usara ação como uma peripécia atordoante que valha por si mesma. Mas o que vai me levar a essa ação, a essa verdade humana que é o momento, é a linguagem. Ela é o abre-te sésamo deste novo mundo."

12. Hélio Oiticica. Parangole. A idéia da criação dos Parangolés aparece para Oiticica no momento de seu envolvimento com o samba. O interesse por esta dança, por sua vez, nasceu, segundo o artista, de "uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão". O samba leva o participante a uma imersão no ritmo, na verdade, a uma identificação completa e vital do ato com o ritmo, fazendo com que o seu intelecto permaneça obscurecido diante das imagens móveis, constantemente improvisadas, rápidas e inapreensíveis durante a dança. Esta experiência da "lucidez expressiva da imanência", obtida na dança, leva Oiticica a criar o Parangolé.



OBRAS EM MALBA C.A.B.A.ARGENTINA